27 de jun. de 2012

Olhar

Olho para trás e só vejo o vazio, 
Melhor que a escuridão.
Que reflete a minha alma.

Olho para frente e só vejo a luz,
Por mais bonita que seja.
É inalcançável.

Olho para o lado e vejo dor,
Por mais que doa,
Não posso cura-la.

Olho para o lado e vejo tristeza,
Por mais que me faça chorar.
Não posso para-la.

Olho para baixo e só vejo o chão,
Duro e Frio, Por mais sólido que seja.
Não consegue me segurar.

Olho finalmente para cima e vejo as estrelas.
Estáveis e Imortais.
Ah como eu queria poder ser uma delas!

O que posso fazer então?
O que posso fazer ao não ser ficar onde estou?

Quero fugir dali,
Mas meus pés não se movem.
Quero gritar,
Mas minha voz não sai.
Quero chorar,
Mas as lágrimas não existem.

Quando es que vais me buscar?
Quando es que vais me resgatar daqui?
Quando es que vais me pegar em teus braços?

Isso é impossível saber.

A única coisa que me resta.
É olhar.

Olhar para ver se acho uma saída.
Olhar para ver se consigo uma.
Olhar por mim para ver se me liberto de você.

Por que foi você quem me pôs aqui.

23 de jun. de 2012

My Beautiful Life

Olho todos os dias para todos assim que piso na sala de aula. Como de costume sou uma das primeiras a chegar. 

Vejo a minha chinesinha sentada na primeira carteira e jogo a minha mochila na cadeira da carteira atrás dela. 

Tiro a jaqueta e a coloco na cadeira. Passo as alças da minha mochila na cadeira e fico em pé. Ando pela sala e converso com alguns meninos.

 Meus Otakus preferidos estão falando do Ao No Exorcist e de quando a segunda temporada ira ser lançada. 

Logo entro na conversa e demonstro a minha ansiedade junto deles. A professora chega e todos tem que se sentar. A chinesinha muitas vezes me olha como se não estivesse entendendo nada.

Explico boa parte para ela e chega a hora da troca de professores. Maya e Fê veem me dar oi e eu retribuo para as minhas BFFs. 

O recreio chega e eu já comi metade do meu lanche na sala. Tenho culpa de ter fome muito cedo? Divido meu lanche já que não consigo comer tudo sozinha.
A primeira coisa que faço é rir com as palhaçadas do Zé Roberto e do Vi. A chinesinha gruda no meu braço e passamos o recreio juntas.

Percebo que todo dia é a mesma coisa. Pode até parecer cansativo ou então uma rotina, mas quando qualquer uma dessas pessoas não está ali, parece que tem um vazio difícil de ser preenchidos.

Eu vejo agora que não posso reclamar de nada. Minha chinesinha ingênua e de vida muito ocupada faz uma falta irreparável. Meus dois Otakus ocupam um espaço muito grande no meu coração. Meus palhaços fazem doer meu coração quando não os vejo. Minhas duas BFFs me fazem chorar sem o colo delas. 
Percebo que nada poderia ser diferente. Está a minha vida e talvez o meu destino. Caramba como eu tenho sorte!

Só tenho uma coisa a dizer: Amo muito vocês, guris e gurias, que me fazem feliz. 

30 de mai. de 2012

Querido


"Querido,

Antes que se pergunte o que diabos esta carta está dizendo quero que leia bem e pense muito antes de tirar qualquer opinião sobre o que vou escrever.

Acho que eu deveria começar explicando o porquê estou escrevendo, ou então, os motivos que me levam a escrevê-la, mas acho que por ser eu estar a escrevendo deveria ser diferente. Isso faz algum sentindo? Espero que faça, pois escrevo com tanta dor no meu coração que não sei se terei coragem de lê-la novamente.

Sempre fomos tão amigos, lembra-se? Desde que te vi pela primeira vez sinto algo no fundo do meu coração. De começo, confesso que achei que fosse o intenso sentimento de amizade. Mas logo fui percebendo que o que eu sentia era mais forte que isso.

Todos os dias em que eu chego à escola o vejo rodeado de garotas que não te amam, só estão ali por puro interesse, mas parece que você não percebe isso. Doí só de ver as imagens na minha mente, as imagens que mais parecem um filme de terror no qual eu sou a vitima. E o pior de tudo é que parece que você gosta disso. Será que não percebe que elas não te amam como eu te amo?

Mas a dor pior foi quando você simplesmente começou a se afastar de mim. Simplesmente parou de falar comigo e foi cada vez mais se aproximando delas. A dor foi tanta que eu não conseguia reagir. Não consegui tentar me aproximar novamente de você. Era como se eu estivesse em puro choque.

Estou escrevendo essas palavras e nem me importo se vai conseguir distingui-las, as lágrimas estão embaçando a minha visão. Não estou pedindo para vir me pedir desculpas. Estou aqui porque não aguento mais sentir tanta dor na minha alma.

Talvez quando você ler esta carta, não mude nada. Mas sinto como se tivesse me livrado de um peso nas costas. Não espero que isso me livre da dor que sinto todos os dias ao olhar para você, mas como dizem... A esperança é a última que morre.

Acho que você já saiba quem está escrevendo a carta, mas isso já não me importa mais.

Com amor.
Alguém que te ama."



Aqui estou eu. Com essa crônica para SM.

6 de mai. de 2012

Here comes de the sun.

A música que lhe fazia se sentir melhor tocava em seu coração. Ela esquadrinhou todo céu com o seu olhar e imaginou o que ele estaria fazendo. Isso não é da sua conta, pensou enquanto brincava com uma moeda, seu olhar se perdia na imensidão azul de um céu em pleno inverno paulista. 


Isso sim era incomum. Todos estavam dizendo que este inverno castigaria São Paulo, mas tudo o que sentia era uma leve brisa. 

O céu estava repleto de estrelas brilhantes, outra coisa muito incomum. Assim como o sentimento que tomou seu coração. Nunca havia se sentido assim antes.

 Sorriu de lado enquanto via a imagem dele na sua mente. Era linda e calma como a música que a encantava. O seu sorriso aumentou e uma risada nervosa escapou de seus lábios.


Se levantou da grama onde estava deitada e passou a mão na roupa para limpa-la. Suspirou e entrou em casa. Deu um boa noite para sua mãe e subiu para seu quarto sem nem mesmo jantar. Fechou a porta e tirou a calça jeans. Tirou a maioria dos cobertores e deixou apenas o lençol. 

Soltou os cabelos e abriu a janela, era um habito que tinha. Sua mãe já havia a proibido de fazer isso, vai que um ladrão vem e assalta a casa?

 Mas ela não estava nem ai. Desligou a luz do quarto e ligou a do abajur, não gostava de dormir no escuro. Não era medo, era mais um costume que havia pegado. Deitou-se e se deixou levar pela bela imagem dele. 
Era de manhãzinha quando acordou. 

O sol nem havia nascido direito e ela viu que eram 06hrs00min da manhã.Se levantou e percebeu que havia esfriado, mas assim que fechou a janela ela escutou um barulho.

 Percebeu que veio da janela, a abriu e olhou para baixo, quando de repente se depara com um garoto vestido de pijamas e sorrindo para ela. Ela praticamente não acredita e corre para a porta da frente, sem nem mesmo vestir uma calça.

Abriu a porta e ele sorriu mais ainda.

- Eu dormi pensando em você. Eu passei o dia inteiro pensando em você. Na verdade, desde que eu a conheci que eu penso em você e nem me venha com desculpinhas por que eu sei que você pensa em mim. - ele disse.

- Convencido - ela disse e os dois riram.

O sol nascia quando os dois se entregaram um ao outro, com um único beijo. Um beijo que os faria viver para sempre.

27 de abr. de 2012

Lembranças Dolorosas

Vontade não me falta,
Vontade de dizer sim,
Mas nada está de acordo,
Meu coração não quer que seja assim.


A nossa amizade, 
Que cresceu repentinamente
E se alastrou por todo meu coração
Agora se vai com a mesma rapidez de quando chegou.


Dou-me conta que sofremos do que eu mais temia.
E que eu sou a culpada.
Por ser sem jeito com as palavras.
Por ser sem jeito com as pessoas.


Você era a única pessoa que amei tanto.
Amei, mas apenas como amigo.
Dói agora, ver que eu nunca correspondi.
Nem mesmo a amizade intensa.


Aos poucos as lembranças dos nossos momentos
Aparecem na minha mente.
Umas intensas outras fracas, 
Mas todas refletem a felicidade.


A felicidade que eu sentia com você, 
Agora nem mesmo me vem nas lembranças.
A importância que você exercia na minha vida, 
Agora faz questão de me lembrar que vai ser para sempre um vazio.


Não consigo nem mesmo pensar em algo
Que logo me vem na mente as suas palavras de carinho.


Você foi aquele que me mostrou que a vida é mais do que apenas um rótulo.
Você foi aquele que me fez acreditar que todos poderíamos vencer.
Você foi aquele que me fez sorrir em momentos de tristeza.
Você foi aquele com quem compartilhei segredos.


Mas agora tudo isso não passa de lembranças.
Lembranças essas que eu lembrarei com carinho.
Mas também com dor.




De: Paula G de Brito
Para: Ele.

15 de abr. de 2012

Lindo Pesadelo.

Na noite anterior a aquela, os pesadelos ficaram mais intensos. Era como se fosse perseguida por algo que a fizesse mal, mas que ao mesmo tempo ela precisasse.
Se era culpa dela tudo aquilo? Sabia que não, mas ele fazia parecer isso. Eram amigos desde pequenos e o que ela mais temia aconteceu. Um deles se apaixonou. Só que não era como aquelas histórias em que a menina ama-o, mas não é amada. Ele a amava. Mas ela não correspondia.

Os colegas já haviam a avisado que isso poderia e estava acontecendo, mas ela não queria acreditar. Ela não queria acreditar. Ele era seu melhor amigo, seu confidente. Ela não podia acreditar. Ela não podia acreditar. E isso cresceu em sua mente. Uma mentira tão forte que só a aproximou mais dele.
Ele começou a ter esperanças, esperanças essas que ela não queria alimentar, mas não tinha coragem de mata-las.

Sua família o aprovava, a família dele a aprovava, eles dois se davam super bem, eles dois gostavam das mesmas coisas. O que podia haver de errado naquilo? Por que diabos ela não o amava?
Pra que ela ainda estava se fazendo de difícil? Por que ela continuava a ver ele como um amigo? Por que? 
Eram tantos os 'porque's que sua cabeça começava a doer só de lembrar. 

Ele sempre fora tudo para ela, o único amigo de verdade que ela tinha. E isso tinha que acontecer.
Ele resolveu confessar e deixa-la sem saída, para que ela dissesse logo. Nunca a forçaria a nada, mas queria uma resposta e estava disposto a te-la.
 
Ele a deixou contra a parede. Ela queria mentir para ele e dizer que correspondia, mas temia que aquilo se tornasse algo mais sério. Não queria viver amarrada a alguém que não amava e sabendo que poderia ter evitado.

E ela disse não. Disse com mais ênfase do que planejara, mas estava cansada daquilo que descarregou todos os pesadelos em cima daquela única palavra.
As  lágrimas vieram aos olhos dos dois, e ela sabia que não era pelos mesmos motivos, mas pela mesma razão.
Ela chorava por ver ele magoado. Ele chorava por estar magoado. 
Ela queria poder dizer que tudo ficou bem, mas isso não seria verdade.
Na vida real, é difícil ter um final feliz.


De: Paula G Brito
Para: Minha mente.

7 de abr. de 2012

Segredos

Ela já estava cansada de carregar aquele peso no coração. O peso de amar alguém. Eles haviam sido amigos durante mais tempo que ela esperava. E ela aguentou muito mais tempo que esperava também. Suspirou cansada, nem havia saído da cama ainda. Todo dia era assim, ela acordava feliz por saber que iria vê-lo, mas também triste por saber que teria que guardar mais uma vez o 'eu te amo' que lhe vinha a garganta toda vez que o olhava. 


Ela queria dizer, mas o medo a impedia. Contou isso apenas para uma pessoa, não imaginou que essa pessoa iria contar.
Ele descobriu, era apenas isso que conseguia pensar, o que faria agora? Como as coisas ficariam agora?


 Ela tentou por diversas vezes falar com ele, queria saber o que ia acontecer. Ele devia ter as respostas, afinal, tudo agora estava nas mãos deles e isso não a deixava mais tranquila.


Para o seu desespero, ele não foi para a escola na semana seguinte, não atendia suas ligações. Pensou na possibilidade de ir na casa dele, mas e se ele estivesse fazendo isso de proposito? Eram tantas perguntas que a cabeça dela foi atingida por uma enxaqueca que a fez ficar em casa o dia inteiro.
Um mês e nada. Quando ele finalmente voltou. Ele parecia diferente, não era uma diferença física, longe disso. Era algo em sua postura. Ele a ignorou o dia inteiro e ela disse a si mesma que merecia aquilo. Ou será que não?


Ela se levantou da banco e esperou ele ficar sozinho. Se aproximou dele e pegou sua mão. Ele se virou meio confuso e olhou para ela. Ela se aproximou dele e disse em seu ouvido o que ele estava fazendo?


- Fugindo de mim? - ela disse em um sussurro.
- Nunca - ele disse de olhos fechados.
- Então o que está fazendo? Por que é isso que parece.


O seus olhares se encontraram e palavras não foram precisas. O beijo que aconteceu não fora igual aos que ela já deu. Foi algo diferente, pois os dois consentiam.


- Eu te amo. - ela disse de uma vez só. Era tão bom poder dizer isso.
- Eu também te amo - e era tão bom poder escutar.


De: Paula G de Brito
Para: Gabrielle Colturato.
PS.: Ficou horrível, não consegui fazer melhor, minha mente não está me ajudando esses dias. Peço perdão, Gabi.

31 de mar. de 2012

Dias de dor.

Ela gostaria de ser um pássaro, para que pudesse voar e sentir algo pelo menos parecido com a liberdade.Ela queria poder chorar, mas era como se as lágrimas se recusassem a vir, como se as lágrimas soubessem que era por ele que estava chorando.Ela queria poder gritar, mas a própria voz a abandonou. Ela queria poder bater em algo, mas sua força havia ido embora, como um pássaro no seu primeiro voo. Ela queria poder esquecer ele, mas seu coração e sua mente não deixavam.

Era como se uma sombra vinhe-se e sussurra-se perguntas tolas, mas que nunca foram respondidas,vinhe-se e sussurra-se que ela era boba e inútil demais para alguém notar ela.
Era como se sua própria mente pregasse peças nela e ela sempre caía. Como se a vida comandasse seus passos e sempre dava um jeito de eles desviarem do caminho certo.

Ela queria mais que tudo poder decidir sua própria vida. Sabia que tinha apenas dezessete anos, mas era como se sua alma tivesse trinta e cinco anos.
Como se a prisão, chamada de casa por algumas pessoas, a envelhecesse. Não seu corpo, mas sua alma. A independência era um sonho muito distante, inalcançado.
Sonhava todas as noites em fugir de casa, com ele. 

A questão era essa. Ele. O único que realmente gostava dela, era isso o que demonstrava. Mas agora ela percebia como estava errada. 
Mas estava decidida.
Decidida a acabar com aquilo.

Acabar com seus dias de dor.


De: Paula G de Brito.
Para: Alguém distante.

25 de mar. de 2012

Tormento.


Ela andava com o pensamento atormentando seu coração, assim como a imagem do sorriso dele atormentava sua mente. Aquele sorriso que iluminou seu dia. Aqueles olhos que a fez ver o mundo de uma diferente forma.

 Era ele aquele que ela procurou a vida inteira? Era ele que mudaria seu mundo? Era ele que lhe diria 'eu te amo'? Será que seria ele aquele que ela diria 'eu te amo'? Seria ele aquele que calaria as vozes que atormentava dizendo que ela não conseguiria ser? Seria ele que conseguiria um sorriso dela? Seria ele que a faria feliz? Seria ele que faria ela sorrir pela primeira vez em anos? Seria ele que devolveria a garota alegre que havia se perdido com o passar do tempo? Seria ele que faria ela parar de se esconder? Seria ele que faria com que ela dissesse adeus para a tristeza? Seria ele que tiraria a doença que se alastrou no coração e na mente dela?

Ela duvidava de tudo e de todos. Não havia motivos para ela confiar em alguém. Com o cappuccino em mãos andou pelas ruas em busca de espaço para conseguir pensar, mas era como se tudo em volta dela gritasse o nome dele. E ela não sabia se isso era bom ou ruim. Quando a voz dele surgiu distante. Dessa vez não parecia um delírio dela.

Ele gritou o nome dela, ele parecia estar cada vez mais perto. Ela parou e se virou para ver se era apenas mais um delírio, mas estava enganada. Ele não conseguiu parar a tempo e caiu em cima dela. O cappuccino escapou da mão dela e caiu sobre ele manchando sua camisa. Ele queria dizer algo, mas as palavras não lhe vinham. Ela lhe perguntou o que estava fazendo ali, mas ele mesmo não sabia responder. Ele simplesmente tinha vindo atrás dela, por que estava com medo.
Ela riu sem humor e perguntou de que ele estava com medo, ele olhou nos olhos dela e disse que estava com medo de perde-la.

Os dois se calaram no mesmo momento. Ela sem saber o que dizer e ele sem entender como disse aquilo. Os dois se encararam e foram se aproximando. Cada vez mais perigosamente perto. Ela não sabia o que era certo, nem sabia o que era errado. Parecia que tudo com ele estava certo. Ele, hesitante, passou uma mão na cintura dela. Os seus rostos ficaram cada vez mais perto.
Como se ela tivesse tido um lapso de memória ela se viu beijando ele. 
Sensações indescritíveis inundaram sua mente e coração. E quando o ar faltou e ela olhou nos olhos dele. Ele deu aquele sorriso que iluminou seu dia momentos antes e que continuou a iluminar, aquele sorriso que ele só dava para ela.

E sorriu.

Sorriu por que agora tinha motivos para sorrir e por saber que aquilo iria ser para sempre. Como sabia? Ela simplesmente sabia.




Por: Paula G de Brito
Para: Absolutamente ninguém.

Valeu apena?


Ela estava sozinha quando o pensamento lhe veio novamente à cabeça. O pensamento familiar de que eles poderiam ficar juntos, lado a lado. O quanto ela queria isso... O quanto queria que ficassem juntos para que eles fossem felizes, como um conto mágico. E como o pensamento lhe veio àquela sensação de quando percebeu que ele havia ido embora. Era como se ela estivesse sido libertada de algo que não gostaria de libertar e a fazendo se sentir só.
Quando olhou para trás, viu os erros que haviam cometido. Os passos errados que deram e que continuaram dando. O gosto dos lábios dele ainda estava em sua boca, como um doce que foi provado a tempo atrás, mas que continua. Percebendo que a cama estava vazia, apenas ela e suas lembranças. Lembranças de carinhos e amor que ficaram guardados.

Via a porta entreaberta e percebeu que eles haviam apenas perdido tempo e por medo não seguiram adiante. Descobriu que tinham se prendido a algo que não pertencia a eles e percebeu que jogaram tantas coisas fora apenas por inseguranças. Perguntou a si mesma o que havia feito. Perguntou o que tinha feito para perdê-lo e para onde teria ido, ou então, onde se escondeu, para ajudá-la a esclarecer a história que haviam vivido. Apenas para ela saber o que seria deles.
Será que teriam continuado com aquele amor egoísta e cruel que não permitiu mais nada além daquilo que acabou?
Antes o amor que não deixava eles se soltarem por nada, nem mesmo para comer. Parecia não deixá-los nem olhar um nos olhos dos outros. Sabia que poderia estar errada. Pois a culpa poderia ser dos dois. Fechou os olhos e respirou fundo quando as perguntas invadiram sua mente. Veja o que nosso sonho se tornou. Veja o que passamos por esse sonho. Veja o que aconteceu.
A única coisa que ela queria era saber. Valeu apena tudo isso?




Isso não é de minha autoria, confesso. Eu e a Sovetinho resolvemos fazer uma... Não sei como chamar isso. Eu mandei uma cronica para ela e assim ela transforma em poema e vice-versa. Ficou uma porcaria. Não levo jeito para escrever poema e nem para transforma-lo. Espero que ela me perdoe.

11 de mar. de 2012

Será que EU estou mudando?

Aqui estou eu novamente. Estou com uma conceira na mão para escrever. Posso dizer mais? Ah não importa. O assunto agora é sobre ela. Estou falando de uma amiga.
Essa amiga que eu sempre ouço. Ouço ela com prazer, mas sabe de uma coisa... Acho que estou perdendo esse 'prazer' de ouvi-la. Ela é minha Doce de Coco. Não é por que estou cansada de ouvi-la, com certeza não é isso.
Minha mente mudou. Acho que eu estou mudando. O post anterior, por exemplo. Eu nunca teria coragem de postar algo como aquilo, mas eu tive.
Sei que é muito clichê dizer isso, mas... " A vida está me mudando".
Tenho, sinceramente, medo disso. Pois a minha vida não tem nada de muito diferente. Pais separados, madrasta legal, vó que é mais mãe do que vó... Acho que eu estou mudando.
Talvez algo lá dentro de mim esteja querendo ser algo diferente do que sou. Algo que quer que eu não tenha mais medo de falar, quando achar certo. Algo que quer que eu enfrente as coisas. Algo que quer que eu comece a resolver as coisas por mim mesma.
Eu passei a minha vida inteira esperando por esse ano. 2012. Tenho doze anos. Por que este ano foi tão esperado? Eu também não sei, talvez eu saiba, mas não quero lembrar o motivo.
Mas eu não sei como mudar.
...
...
...
Sabe quando você está com uma vontade alucinante de fazer algo e de repente essa vontade passa? Aconteceu isso agora. A vontade de escrever passou. Por que eu continuo escrevendo?
Acho que não importa se eu tenho vontade ou não... O que importa é que eu preciso, sabe?
Nossa, hoje eu estou falando tantos "sabe"s... Quem me entende ai? Ninguém * a plateia grita*.
Em uma plestra que meu pai deu, ele disse que o certo é viver no sonho, correr atrás do sonho e não da prioridade. Com certeza ele esta certo, mas o que aconteceria se eu fosse correr atrás do meu sonho? Muito provável que poucas pessoas apoiariam uma guria de doze anos que quer ser médica, fotografa, cantora, coreografa e o mais importante: Magra.
Impossível eu ser tantas coisas, por que... Bem... Acho que para tudo tem limite, mesmo que isso se aplique aos meus sonhos.
...
Acabei de perceber que eu estava falando de algo diferente e acabei parando em um assunto meio que "privado".
Sabe... Acho que estou mudando.

Maldito Drama!

Nunca achei, que ficar sem escrever me fizesse mal. Acho que eu deveria me trancar em um quarto só com papel e caneta. Quem sabe a fome e a sede me fizessem ter alguma ideia? Várias palavras aqui devem estar erradas, pois eu não estou com tempo para revisar. A pergunta é: O que estou fazendo aqui? Não sei.
Acho que percebi que algumas pessoas não são quem eu realmente esperava que fossem.
Acho que o motivo de eu estar aqui, é que estou cansada de tanto drama na minha vida.
Tenho apenas doze anos com pais separados, minha mãe trabalha muito, meu pai trabalha muito, descubro recentemente que um irmão que não vejo a quase dez anos está aqui, sou criada por uma vó evangelica que me proibe de passar um batom e confesso que tem dias que acordo mal, mas ainda sim sou feliz com o que tenho.
Agora, meninas que são mais novas que eu que tem pais juntos, as vezes tem irmãos, tem amigos e vive reclamando da vida. É a mesma coisa de uma guria de dez anos postar algo " Cansei de correr atrás de você. Sofri muito e bla bla bla."
Sofreu o que guria? Olha a tua idade, manola. Cansou de correr atrás de que? Das suas Barbies? Você sofreu algum abuso para estar assim? Seu pai (ou sua mãe) abandonou você? Seu pai (ou sua mãe) bate, espanca você? Alguém da sua família é viciada em drogas? Se sim. Peço perdão. Mas se não... Ah vá te catar.
Não estou aqui para ser cumplice daquilo que odeio (drama) por isso, acho melhor eu parar de "desabafar"... Mas... Sabe que eu preciso? Afinal... Tenho amigas com quem gostaria de falar, mas não tenho coragem de dizer alguma coisa. 
Prefiro ficar calada. Tenho medo  de parecer dramática e fazer aparecer coisas que na verdade não existem. 
Quer saber? Acho melhor eu voltar para os meus livros. Pelo menos neles, se as pessoas são dramáticas, elas se tocam disso.
Acho que estou melhor... Saber que ninguém vai ler isso me conforta. 
Se alguém leu, eu espero que não forme uma imagem minha diferente da que eu realmente tenho.
 

7 de fev. de 2012

Nada.

Ela correu para um canto afastado dentro de si. Correu para um mundo que era seu. Um mundo que era sombrio. Um mundo em que só existia lágrimas.
Que fazia ela pensar em coisas que não era para alguém pensar... Nunca.


 Ela não era nada, era isso o que pensava. Ela não era útil, era assim que pensava. Ela se odiava, era assim que se castigava. Se castigava por coisas que nunca havia cometido, coisas que suas lagrimas tentavam dizer, mas que ela insistia em não ouvir. 


Lagrimas essas que caiam tentando avisa-la do perigo de fugir de quem a ama. 
Lagrimas que pediam para ela parar de se atormentar. 
Lagrimas que reclamavam de tanto serem derramadas sem motivos. 
Lagrimas que não aguentavam mais lhe dizer para ser feliz. Não queria conhecer nada. Parecia que queria ser infeliz.


Quando o amor lhe veio. Lhe veio de forma cruel e ciumenta, mas o amor a fez enxergar. Enxergar o que antes lhe era impossível ver... E ela viu, que realmente poderia ser feliz.




Por: Mim.
Para: Uma linda pessoa.

28 de jan. de 2012

Montagem...



...Paulinha Eu te amo mais que tudo...

Amor de irmãs...

Não é sangue do meu sangue,
Nem filha daqueles que chamo de pai e mãe.
É a considerasão que mais nos uni
Mas não importa se existe amor em nosssa relação.

É aquela amizade manipulada pelo amor,
A distancia em momento algum ira nos separar
Pois nos sabemos que é a amizade que nos guia
Cada momento que passamos juntas é que vale.

Histotria para contar sempre teremos,
Chatas ou legais, isso você irá julgar
Mas depende se nos vamos no importar,
A amizade é mais forte do que qualquer critica.

Uma amizade construida com pedregulhos,
Demonstrada para os invejosos como palha.
Não importa realmente o que vão falar,
Pois vai entrar no meu, no dela e vai pro lixo,
E depois, usaremos de piada.

Logo se esta aqui para criticar, pode fechar
Pois queremos visitas, mas as verdadeira
Elogios sempre são bem vindos, as criticas também,
Mas não vem falar mal, que nos partimos pra pior.

Resumindo, a amizade aqui é forte,
As pedras que os outros atacarem vão só servir para a construção de nosso refugio.
Patyzinha aqui não tem vez, então tira o cavalo da chuva
Pois minha bigadeinho tem seus guardiões...

Paulinha, como posso dizer o que sinto por você, toda a consideração que tenho por você, realmente é muito grande que não dá para simplesmente falar ou escrever, minha devoção por você é maior do que minha devoção por doce, Coca-Cola, o bolo de cenoura da minha madrinha, é bem maior que isso, pois tudo isso são coisas materias, coisas que não tem um significado sentimental, mas o que eu sinto por você não é material, não dá para pegar nem se ver, mas te garanto que esta aqui, é um sentimento lindo... É o sentimento que enche meu dia de luz, é o amor de amiga.
Queria te dizer que homenagem alguma é suficiente para demostrar o quanto quero estar ao seu lado, para te confortar nos momentos dolorosos, para te fazer gargalhar nos momentos de raiva, para secar suas lagrímas ou até mesmo para evitar que elas caiam, para dar um conselho ou um palpite quando você precisar, e talvez até para não fazer nada, só estar ali com você te ouvindo e te apoiando.
Para isso que servem os amigos, para se sacrificar por você quando você precisar, para tocar com simples palavras o fundo do seu coração, sei que para os outros podem ser só palavras, mas nos sabemos que não é apenas isso...
Minha Bigadeinho eu te amo muito, obrigada por todos os risos, por todas a brincadeiras, por todos os sovetinhos e por todos os brigadeiros que me pediu, sempre que pecisar é só gritar, pois mesmo que peça para eu ir embora, eu estarei lhe observando de longe, para que quando você cair eu posso sair correndo para te levantar...

Homenagem de Gabrielle Colturato
Para P. Gonçalves B.

Invazão da Best...

Sabe quando adoramos uma pessoa e dedicamos todos os minutos possíveis a ela... É isso que eu sinto por essa pessoa maravilhosa que é a Paulinham, por isso vou deixar uma marquinha minha aqui, minha marca vai ser um poema meu que ela ama... Segue:


Preciso de...


Preciso de um 'Eu Te Amo' sincero,
Para ter certeza que faço a diferença.
Preciso de um 'Nossa, que saudade',
Para ter certeza que fiz falta.

Preciso de um 'Nossa, que linda',
Para ter certeza que estou 'linda'.
Preciso de um elogio superior,
Para ter certeza que sou boa.

Preciso de um buquê de rosas,
Para ter certeza que sou especial.
Preciso de uma caixa de bombons,
Para ter certeza que estou em forma.

Preciso de uma festa surpresa no meu aniversario,
Para ter certeza que lembram-se do dia de minha existência.
Preciso de uma comemoração,
Para ter certeza que gostam de minha presença.

Preciso de um abraço forte,
Para ter certeza que tenho grandes amigos.
Preciso de um beijo molhado,
Para ter certeza que sou amada.

Preciso de um sorriso verdadeiro,
Para ter certeza que existem pessoas ao meu lado.
Preciso de um sorriso falso,
Para ter certeza que mesmo tendo verdadeiros amigos, tenho pessoas falsas ao meu lado.

Preciso de sentimento real e significativo,
Para ter certeza que alguém sente algo por mim.
Preciso de palavras focadas e verdadeiras,
Para ter certeza que o vento não vai levar.

Preciso de um amigo ao meu lado, nas horas difíceis,
Para ter certeza que nunca serei abandonada.
Preciso de um amor comigo,
Para ter certeza que poderei amar.

Preciso de coisas para fortalecer-me,
Para ter certeza, que amanhã ou depois não irei cair.
Preciso de atitudes,
Para ter certeza que vou guarda-las em meu coração, pois as palavras o vento irá levar.

Preciso de tudo que eu possa ter,
Para amanhã ter certeza que serei alguém.
Preciso do orgulho e, da capacidade,
Para amanhã eu vencer.

Preciso de amigos, de amores.
Preciso de objetos, de valores.
Mas além de tudo preciso do que tenho dentro de mim,
Que isso só eu ou conhecer.

De: Gabrielle Colturato

23 de jan. de 2012

Juntas.

Elas estavam no banheiro, uma com o celular ligado, a outra sem conseguir se controlar. Quando as duas não aguentam e deixam se levar.


I throw my hands up in the air sometimes
Saying AYOGotta let goI wanna celebrate and live my lifeSaying AYOBaby, let's go

Cantaram, pareciam estar gritando. Como se alguma coisa se libertasse dentro delas. Dançavam, mesmo uma sem saber como e cantavam. 
Juntas pareciam perfeitas, cantando, falando, dançando, não importava como, mas era assim.

- 'Cause we gon' rock this clubWe gon' go all nightWe gon' light it upLike it's dynamiteCause I told you onceNow I told you twiceWe gon' light it upLike it's dynamite
Elas cantavam rindo, fazendo gracinhas na frente do espelho, o banheiro ate que era grande, verdade, mas o espelho chamava a atenção das meninas.
Elas não se cansavam. Não importava o nome da música, se era agitada, elas dançavam.
Lembra uma das meninas as músicas que ouviam, mas a música que mais pegou na cabeça delas. AS versões e a original, elas cantavam.
Duas primas. Mesmo que de coração. Não deixavam de ser primas. E isso agradava as duas. 
Pelo menos é isso que imagino.

De: Paula
Para: Gabriela AM.