27 de abr. de 2012

Lembranças Dolorosas

Vontade não me falta,
Vontade de dizer sim,
Mas nada está de acordo,
Meu coração não quer que seja assim.


A nossa amizade, 
Que cresceu repentinamente
E se alastrou por todo meu coração
Agora se vai com a mesma rapidez de quando chegou.


Dou-me conta que sofremos do que eu mais temia.
E que eu sou a culpada.
Por ser sem jeito com as palavras.
Por ser sem jeito com as pessoas.


Você era a única pessoa que amei tanto.
Amei, mas apenas como amigo.
Dói agora, ver que eu nunca correspondi.
Nem mesmo a amizade intensa.


Aos poucos as lembranças dos nossos momentos
Aparecem na minha mente.
Umas intensas outras fracas, 
Mas todas refletem a felicidade.


A felicidade que eu sentia com você, 
Agora nem mesmo me vem nas lembranças.
A importância que você exercia na minha vida, 
Agora faz questão de me lembrar que vai ser para sempre um vazio.


Não consigo nem mesmo pensar em algo
Que logo me vem na mente as suas palavras de carinho.


Você foi aquele que me mostrou que a vida é mais do que apenas um rótulo.
Você foi aquele que me fez acreditar que todos poderíamos vencer.
Você foi aquele que me fez sorrir em momentos de tristeza.
Você foi aquele com quem compartilhei segredos.


Mas agora tudo isso não passa de lembranças.
Lembranças essas que eu lembrarei com carinho.
Mas também com dor.




De: Paula G de Brito
Para: Ele.

15 de abr. de 2012

Lindo Pesadelo.

Na noite anterior a aquela, os pesadelos ficaram mais intensos. Era como se fosse perseguida por algo que a fizesse mal, mas que ao mesmo tempo ela precisasse.
Se era culpa dela tudo aquilo? Sabia que não, mas ele fazia parecer isso. Eram amigos desde pequenos e o que ela mais temia aconteceu. Um deles se apaixonou. Só que não era como aquelas histórias em que a menina ama-o, mas não é amada. Ele a amava. Mas ela não correspondia.

Os colegas já haviam a avisado que isso poderia e estava acontecendo, mas ela não queria acreditar. Ela não queria acreditar. Ele era seu melhor amigo, seu confidente. Ela não podia acreditar. Ela não podia acreditar. E isso cresceu em sua mente. Uma mentira tão forte que só a aproximou mais dele.
Ele começou a ter esperanças, esperanças essas que ela não queria alimentar, mas não tinha coragem de mata-las.

Sua família o aprovava, a família dele a aprovava, eles dois se davam super bem, eles dois gostavam das mesmas coisas. O que podia haver de errado naquilo? Por que diabos ela não o amava?
Pra que ela ainda estava se fazendo de difícil? Por que ela continuava a ver ele como um amigo? Por que? 
Eram tantos os 'porque's que sua cabeça começava a doer só de lembrar. 

Ele sempre fora tudo para ela, o único amigo de verdade que ela tinha. E isso tinha que acontecer.
Ele resolveu confessar e deixa-la sem saída, para que ela dissesse logo. Nunca a forçaria a nada, mas queria uma resposta e estava disposto a te-la.
 
Ele a deixou contra a parede. Ela queria mentir para ele e dizer que correspondia, mas temia que aquilo se tornasse algo mais sério. Não queria viver amarrada a alguém que não amava e sabendo que poderia ter evitado.

E ela disse não. Disse com mais ênfase do que planejara, mas estava cansada daquilo que descarregou todos os pesadelos em cima daquela única palavra.
As  lágrimas vieram aos olhos dos dois, e ela sabia que não era pelos mesmos motivos, mas pela mesma razão.
Ela chorava por ver ele magoado. Ele chorava por estar magoado. 
Ela queria poder dizer que tudo ficou bem, mas isso não seria verdade.
Na vida real, é difícil ter um final feliz.


De: Paula G Brito
Para: Minha mente.

7 de abr. de 2012

Segredos

Ela já estava cansada de carregar aquele peso no coração. O peso de amar alguém. Eles haviam sido amigos durante mais tempo que ela esperava. E ela aguentou muito mais tempo que esperava também. Suspirou cansada, nem havia saído da cama ainda. Todo dia era assim, ela acordava feliz por saber que iria vê-lo, mas também triste por saber que teria que guardar mais uma vez o 'eu te amo' que lhe vinha a garganta toda vez que o olhava. 


Ela queria dizer, mas o medo a impedia. Contou isso apenas para uma pessoa, não imaginou que essa pessoa iria contar.
Ele descobriu, era apenas isso que conseguia pensar, o que faria agora? Como as coisas ficariam agora?


 Ela tentou por diversas vezes falar com ele, queria saber o que ia acontecer. Ele devia ter as respostas, afinal, tudo agora estava nas mãos deles e isso não a deixava mais tranquila.


Para o seu desespero, ele não foi para a escola na semana seguinte, não atendia suas ligações. Pensou na possibilidade de ir na casa dele, mas e se ele estivesse fazendo isso de proposito? Eram tantas perguntas que a cabeça dela foi atingida por uma enxaqueca que a fez ficar em casa o dia inteiro.
Um mês e nada. Quando ele finalmente voltou. Ele parecia diferente, não era uma diferença física, longe disso. Era algo em sua postura. Ele a ignorou o dia inteiro e ela disse a si mesma que merecia aquilo. Ou será que não?


Ela se levantou da banco e esperou ele ficar sozinho. Se aproximou dele e pegou sua mão. Ele se virou meio confuso e olhou para ela. Ela se aproximou dele e disse em seu ouvido o que ele estava fazendo?


- Fugindo de mim? - ela disse em um sussurro.
- Nunca - ele disse de olhos fechados.
- Então o que está fazendo? Por que é isso que parece.


O seus olhares se encontraram e palavras não foram precisas. O beijo que aconteceu não fora igual aos que ela já deu. Foi algo diferente, pois os dois consentiam.


- Eu te amo. - ela disse de uma vez só. Era tão bom poder dizer isso.
- Eu também te amo - e era tão bom poder escutar.


De: Paula G de Brito
Para: Gabrielle Colturato.
PS.: Ficou horrível, não consegui fazer melhor, minha mente não está me ajudando esses dias. Peço perdão, Gabi.